Texto de apresentação da "Pequena D'Alva". Que ela seja o melhor depois da Insônia para vocês também:
Paisagem montanhosa atrás do Hospital Saint-Paul
“Louco! Dizem
que estou louco! E de tanto repetirem isso, estou começando á crer que é
verdade... Espere! Talvez, só por um talvez, eles estão certos! Deus aonde
estou? Hospital! Sim, um hospício, ou um asilo. Ó céus onde está minha
sanidade? Onde está minha orelha?!”
Assim ele acorda piscando
freneticamente procurando uma visão ampla de onde se encontrava.
- Vincent, se acalme! – Falou uma enfermeira que entrou no
quarto. A qual possuía longos cabelos loiros, presos por clássico coque.
- Quem é você?! – Ele berrava gesticulando coisas sem
sentidos com as mãos.
- Sou Marie, não lembra-se de mim? Sou sua enfermeira,
conversamos ontem – Explicou para ele.
- Marie? Marie! Quem é Marie? Espere, sim, é a minha gentil
enfermeira. Olá Marie! – disse mudando completamente de humor
Assim, ela sai, deixando-o sozinho com sua loucura.
“Como era mesmo? Tela, depois tinta, aí pintar. Não, acho
que era pintar, tela e depois tinta...”
Um tempo depois, o mesmo se
dirige até a janela e admira a linda paisagem de trás do hospital onde se
encontrava.
“Céu, montanhas, casa, grama... Céu, montanhas, casa,
grama!”
Estalou os dedos e correu até sua
maca, pegou seus materiais e voltou. Já no caminho, espirrou gotas grandes de
tinta na tela, espalhando-as com seus dedos.
“A casa! Casa! Aquela que está ali...” – Cantarolava como um
bobo enquanto fazia sua arte.
“Grama! Como gosto dela! Se Gauguin, estivesse aqui ele iria
adorar. Não! Eu briguei com ele!” – Suas passadas na tela, que antes eram
calmas, se tornaram grossas e agressivas.
“Ha ha! Você gosta do céu não é Gauguin?!” – Estava sínico,
chorando e rindo.
“E as montanhas? Grandes e imponentes, tão diferentes de
você, de mim!”
Nesse ponto, tinta respingava
para todas as direções. Cantando e berrando com o nada. Até finalmente, dar seu
veredito, considerando a obra finalizada.
Sua respiração estava ofegante,
por conta disso ele se senta no chão balançando-se para frente e para trás. Até
algo, que parecia uma luz de sanidade que brotava em sua mente, fazer despertar
daquele transe dizendo aos gritos:
“Paisagem montanhosa atrás do hospital Saint-Paul!”
Com toda sua barulheira, Marie a
enfermeira, abre a porta rapidamente e muito preocupada.
- Aconteceu algo Vincent?
Ele respirou, parecendo pensar:
-Minha orelha Marie... Acho que a cortei... – Falou
cabisbaixo, encarando a linda obra que acabara de criar.
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ficou ótimo!! e engraçado.
ResponderExcluirMuito, muito, muito obrigada por comentar! Beijos de Pequena D'alva para vc.
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