domingo, 17 de julho de 2016

Poema rotineiro




Dos excessos conhecidos,
abuso da falta de sono.
E todos os sonhos perdidos?
Insones no abandono.

Ansiedade
Da alma, um abcesso.
Corrói-me a réstia da mocidade
O gosto é sempre indigesto

De todas as fugas permitidas,
encontro sempre sexo.
Ora do prazer fugitiva,
ora do prazer objeto.

Torpores imundanos.
Opiático amante.
Faz uma lembrança durar cem anos
e cem anos apagarem-se n'um instante.