sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
Quando a lembrança te trai com um poema
Eu sou o silêncio em tua cama
A mão que te abandona ao abismo
Do teu futuro, a lama
Do teu sorriso, cinismo.
Eu sou a dor que espartilha teu peito
Sou a palavra não dita
Sou o juramento desfeito
Mulher, dentre todas, maldita.
Sou um devaneio de morte
Uma sombra entre os que ainda respiram
A tudo deixei de ser forte
Quando aos teus pés, meus joelhos caíram
Eu sou o pedido usurpado
Sou o corpo em choque no leito
Sou quem clama em vão por seu amado
Tu é o pensamento prostremo e a morte, o fim perfeito.
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