quarta-feira, 26 de junho de 2013

Palavras que se propagam num silêncio rarefeito

   Vou escrever para você quando o silêncio me fizer companhia  e as pessoas desprezarem a minha.
   Vou rabiscar pontos de ônibus e muros com frases com ou sem sentido para mais ninguém 
   Pela manhã  alguém vai se levantar  e ler uma frase curta em batom carmesim, num espelho que vi por uma janela aberta. Seria engraçado.  
   Vou deixar todas as palavras que não falei, os " eu te amo" que engoli, para você  em testamento.
   Assim elas serão o que eu não fui, depois que eu for.


   Assim o silencio não te fará companhia 

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