Eu sou tua chaga aberta
Latejando em tua derme
Sou a praga abjeta
Do âmago da dor, o verme.
Lhe devoro a carcaça
Lentamente
Da sanidade te afasta
Lentamente.
O meu beijo, é o beijo da lepra.
O meu amor, é o arauto da desgraça.
Mas é somente a dor que estará presente
Enquanto eu, tua doença, te consome e se alastra.